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Relação cálcio magnésio no caso de solo com CTC baixa

Neste artigo abordaremos como a perseguição da relação cálcio magnésio no solo ideal sem observação das concentrações mínimas necessárias pode levar a severos distúrbios de nutrição nas plantas nos solos com a baixa CTC.

Porque se preocupar com solos com baixa CTC?

Em primeiro lugar vamos esclarecer o que consideramos de CTC baixa. CTC (Capacidade de troca catiônica de solo) mostra quantos mols de carga de cátions (cátions são partículas carregadas positivamente, como Ca2+, Mg2+, K+, NH4+, Na+, H+) um solo consegue reter através de sítios carregados negativamente (estes sítios provêm das argilas e da matéria orgânica). Portanto, quando falamos que solo tem CTC de 4, queremos falar que este solo tem capacidade de reter somente 4 cmolc de cátions e que esta capacidade de retenção catiônica deveria ser repartida entre TODOS os cátions necessários para bom desenvolvimento da planta.

O Brasil possui grandes extensões de solos com CTC baixa. O grande problema de solos com CTC baixa é justamente esta baixa capacidade de retenção de cátions. São solos que não podemos adubar à vontade e deixar a planta escolher o que absorver. Nestes casos seguir à risca o conceito de solo balanceado pode trazer grandes prejuízos para nutrição. Vejamos como isso acontece na pratica fazendo exercício para cana de açúcar.

Exercício para caso de cana de açúcar no solo com CTC de 4,0 cmolc/dm3

1 – Primeiramente vamos aplicar conceito de solo ideal de Bear para um solo de CTC de 4,0 cmolc/dm3 para calcular a quantidade de cmolc/dm3 de cálcio e magnésio:

cmolc=CTC*%CTC
Ca cmolc=4*0,65=2,6
Mg cmolc=4*0,1=0,4

2 – Depois transformamos cmocc/dm3 em kg/ha para calcular o estoque no solo de cada nutriente (baixe nossa tabela de transformações de unidades e leia o artigo de como estas conversões são feitas)

Ca (kg/ha)=Ca (cmolc/dm3)*400=2,6*400=1040

Mg (kg/ha)=Mg (cmolc/dm3)*240=0,4*240=96

3 – Para encontrar o estoque de solo do 2 ano subtraímos do estoque do primeiro ano de cada elemento no solo e exportação (veja o nosso artigo sobre diferença entre exportação e extração) de cada nutriente pele cultura de cana de açucar (dados de EMBRAPA calculados para produzir de 100 ton/ha):

Ca(estoque 2 anos)=Ca(estoque 1 ano)-Caextração (kg/(100t)=1040-47=993

Mg(estoque 2 anos )=Mg(estoque 1 ano)-Mgextração (kg/(100t)=96-33=63

4 – Usamos a mesma lógica para 3 ano. O resultado este na tabela abaixo:

Observem que usando o Solo balanceado chegaríamos no terceiro ano com relação Ca/Mg de 19 e sem magnésio necessário para desenvolvimento da cultura e sem duvida, faltando magnésio, teríamos perdas de produtividade.

Agora vamos usar o mesmo raciocínio para solo desbalanceado, mas muito comum na pratica. O resultado está na tabela abaixo:

Vejam que neste caso chegaríamos no final do terceiro ano ainda com os dois nutrientes, cálcio e magnésio em estoque no solo e não teríamos deficiência de nenhum dos dois, mesmo num solo com CTC baixa.

Claro que este exercício nosso reflete toda complexidade de nutrição das plantas e nem abrange todos os detalhes (como lixiviação, erosão, interação com outros nutrientes etc), mas na nossa opinião ele demonstra claramente o quanto pode ser prejudicial seguir cegamente o conceito de balanço de cátion no solo ou perseguir a todo custo a manutenção de uma relação Ca:Mg mágica sem avaliar as necessidades nutricionais e peculiaridades da cada solo.

Bibliografia:

CANA DE AÇÚCAR EMBRAPA (internet: leia o artigo)

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